28 de junho: comunidade LGBTQIA+ luta diariamente pelo direito de existir

O Brasil lidera o ranking mundial de países onde mais se registra violência contra pessoas LGBTQIAP+. A cada 26 horas, um corpo é vitimado pela intolerância e ódio de uma sociedade que não respeita diferença sexual e de gênero do próximo. Vergonhoasamente.Diante disso, entendemos que o “Dia Internacional do Orgulho LGBTQIA+” não foi criado para celebrar, mas para evidenciar que é urgente combater todas as formas de discriminação e preconceito contra essa população que diariamente luta pelo direito de existir!

Permanecer vivos é uma luta diária.

Quadro demonstrativo divulgado pelo censo do PJU realizado pelo Conselho Nacional de Justiça em 2023 aponta que 4,59% das pessoas LGBTQIA+ vivem em estado de vulnerabilidade social. Ser uma pessoa LGBTQIA + aumenta em até 300% a chance de sofrer as várias formas de assédio.

O dia 28 de junho é também uma data para se orgulhar e aplaudir vitórias históricas, como a união instável, o direito à adoção, o uso do nome social para os travestis e pessoas trans, criminalização da homofobia e da transfobia- enquadramento da homofobia e da transfobia como tipo penal definido na Lei do Racismo (Lei 7.716/1989); Inclusão na Tabela de Procedimentos remunerados pelo SUS os procedimentos relativos à redesignação do fenótipo feminino para o fenótipo masculino: (1) vaginectomia e (2) metoidioplastia e a derrubada da restrição de doação de sangue por homossexuais.

Mas é urgente criar políticas públicas de amparo às famílias LGBTQIA+, cotas no serviço público, oportunizar acesso ao mercado de trabalho.  

A Fenajufe ressalta que defende uma sociedade igualitária e livre de todas as formas de discriminação e preconceito. Respeitar é dever de todas e todos.

O movimento do Orgulho LGBTQIA+ tem três premissas principais:

• Que as pessoas tenham orgulho da sua orientação sexual e identidade de gênero;

• Que a diversidade é uma dádiva;

• E que a orientação sexual e a identidade de gênero são inerentes ao indivíduo e não podem ser intencionalmente alteradas

 

Joana Darc Melo

Jornalista da Fenajufe