Ato em Caxias do Sul contra a reforma administrativa reúne mais de 3 mil pessoas

Na cidade, houve uma grande adesão da categoria de municipários; 78 das 83 escolas municipais (que já retornaram ao trabalho presencial) se mantiveram fechadas.

Pela manhã, o Sindicato dos Servidores Municipais de Caxias do Sul (Sindiserv) organizou um abraço à prefeitura da cidade. O protesto era também pelo corte da trimestralidade, que garantia, a cada três meses, a reposição da inflação.

Outra atividade deste dia de greve foi a panfletagem, junto à população, da revista em quadrinhos “As Desventuras da Família Silva”, produzida pelo Sindiserv, com apoio da CUT-RS, em um trabalho do cartunista Fredy Varela.

A publicação conta a história de uma família que enfrenta as dificuldades pós-reforma administrativa (PEC 32/2020), como a falta de concursos, a precariedades nos serviços de saúde e educação, além do aumento da corrupção no país.

 É uma forma de mostrar à população que a reforma atinge não apenas servidores e servidoras, mas todos e todas que utilizam os serviços públicos.

À tarde, as categorias de servidores e servidoras municipais, estaduais e federais foram em caminhada até a Praça Dante Alighieri, onde se realizou um grande ato público organizado pela Frente dos Servidores Públicos do RS.

Também estavam presentes o deputado estadual Pepe Vargas (PT), a deputada Luciana Genro (Psol) e vereadores da cidade, em apoio à luta em defesa do serviço público e contra a reforma administrativa.

Presente ao ato público, o diretor Edson Borowski representou o Sintrajufe/RS e a Fenajufe. Em sua fala, ressaltou que os trabalhadores e as trabalhadoras do Poder Judiciário e do Ministério Público da União também estão na luta contra a reforma administrativa.

O dirigente afirmou que Caxias, pela força da mobilização, é um exemplo para todo o estado e que essa foi uma atividade histórica, por unificar os três poderes e as três esferas: “unificados, os trabalhadores e trabalhadoras de todos os ramos, de todos os setores, nós vamos, sim, derrotar não é a PEC da reforma administrativa, mas a PEC da rachadinha, que é isso que está lá, para dividir salário de servidor em troca de emprego, é a PEC para acabar com a estabilidade”.

E para isso, afirmou, é preciso, também pressionar deputados e deputadas federais a votarem contra a PEC 32/2020.

Jornalista da Fenajufe