A Fenajufe participou de ato na tarde de terça-feira (21) em Brasília contra a taxa básica de juros praticada pelo Banco Central. Considerada alta, a taxa (Selic) cobrada hoje, chega ao índice de 13,75% ao ano.
Do ato participaram as coordenadoras Lucena Pacheco, Soraia Marca, Márcia Pissurno e os coordenadores Fabiano dos Santos, Thiago Duarte e Roberto Policarpo.
Além da queda imediata dos juros, os representantes das várias entidades presentes reivindicaram a democratização do Conselho de Administração de Recursos Fiscais (CARF) e a saída do presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto.
Por ter sua composição formada majoritariamente por empresários, o CARF, órgão que julga os processos administrativos de grandes devedores foi duramente criticado pelos manifestantes. Ainda segundo os manifestantes, esse formato do Conselho favorece a sonegação de impostos das grandes empresas.
Nesse sentido, reividicaram a democratização do órgão, pleiteando participação de trabalhadores e trabalhadoras na composição e decisões do conselho.
Para os participantes, dirigentes sindicais e parlamentares presentes ao ato, manter a taxa de juros nesse patamar atual é beneficiar o sistema financeiro em detrimento da economia do país, enquanto grande parcela da população convive com a insegurança alimentar.
É sabido que a alta dos juros deixa a economia do País estagnada e consequentemente impede o crescimento, a distribuição de renda, não gera emprego e precariza o serviço público. A alta nos juros sinaliza para o retorno de recessão, carestia e fome.
Em sua fala, a coordenadora Lucena Pacheco trouxe a importância dos trabalhadores e trabalhadoras do Judiciário defenderem contra a alta dos juros e fortalecer toda a classe trabalhadora no sentido de “atender toda a sociedade no que for preciso para que a gente possa sair de uma situação de miséria para uma situação de igualdade.
Menos juros é mais investimento, mais emprego, saúde e mais educação. É melhoria na vida dos brasileiros e valorização dos serviços públicos. Ainda segundo a coordenadora, “há a necessidade de incrementar a força de trabalho nos serviços públicos, incluídos aqui o Judiciário e Ministério Público a fim de consolidarmos a prestação desses serviços a toda população”.
Leia mais sobre o assunto no Boletim de Conjuntura n. 37 do Dieese www.dieese.org.br/boletimdeconjuntura/2023/boletimconjuntura37.html
Joana Darc Melo