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Nota contra a divisão dos trabalhadores do Judiciário Federal e MPU

Sindicatos

Manifestação da diretoria do Sintrajud contra a proposta de desfiliação do Sindjus-DF à Fenajufe, que - caso se concretize - enfraquecerá a luta do conjunto da categoria às vésperas da integralização do reajuste que só possível conquistar com a maior greve da História do Judiciário Federal e MPU.

Sintrajud (SP)

O Sindjus-DF (sindicato da categoria em Brasília) convocou assembleia para debater a desfiliação à Federação Nacional dos Trabalhadores do Judiciário Federal e Ministério Público da União (Fenajufe). Confira abaixo o posicionamento da diretoria do Sintrajud sobre o tema:

Contra a divisão dos trabalhadores do Judiciário Federal e MPU

Não foram poucas as conquistas obtidas por servidoras e servidores do Judiciário Federal nos últimos 25 anos. A categoria enfrentou, ao longo desse período, inúmeros desafios e ataques de governos e administrações. Em todas essas batalhas, a unidade nacional da categoria, tendo-se a federação nacional (Fenajufe) como ferramenta articuladora dessa união, se revelou imprescindível.

As vitoriosas lutas que resultaram em reestruturações dos planos de cargos e salários, que mudaram a realidade salarial da categoria, são exemplos fáceis de algo evidente e muitas vezes posto à prova. É por isso que preocupa muito a notícia de que a assembleia convocada pelo Sindjus-DF, o sindicato da categoria no Distrito Federal, para esta terça-feira (4), terá entre seus pontos de pauta a proposta de desfiliação desta entidade da Fenajufe.

Embora a decisão caiba, evidentemente, aos trabalhadores do Distrito Federal, consideramos pertinente destacar a importância da unidade sindical nacional da categoria. Às vésperas de tomar posse um governo que previamente se declara inimigo dos servidores e dos serviços públicos, a palavra unidade deve ser tratada com prioridade. Teremos batalhas muito difíceis pela frente: da defesa do direito à aposentadoria à luta contra a extinção da Justiça do Trabalho, passando pela garantia de recursos orçamentários surrupiados pela Emenda Constitucional 95, pela manutenção da estabilidade no emprego e pela derrubada da política de congelamento salarial.

Enfrentá-las divididos e desarticulados fragilizaria nossa capacidade de resistir e pressionar. Não são poucas, é verdade, as diferenças e desencontros hoje nas direções sindicais. Mas isso não justifica, neste momento, apostar na divisão da organização sindical como solução para os problemas. Ao contrário, é preciso buscar os consensos possíveis e necessários para construir uma forte mobilização que se oponha às ameaças de imenso retrocesso nas liberdades democráticas e nos direitos trabalhistas, previdenciários e sociais.

Diretoria executiva do Sintrajud