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Em São Paulo, presidente do TRE vai decidir sobre desconto de agosto na segunda-feira

Servidores farão outra vigília nesta quinta-feira (06) às 14h no saguão do tribunal. Na segunda-feira, tem assembleia às 15h

O início de uma possível solução negociada para o desconto ilegal e arbitrário dos dias de greve no Tribunal Regional Eleitoral de São Paulo ficou para segunda-feira (10). Neste dia, o atual presidente do TRE-SP apresentará aos servidores a sua decisão sobre a manutenção do desconto dos dias de greve no mês de agosto, segundo afirma o Sintrajud-SP.

Na tarde desta quarta-feira (05), numa reunião que durou uma hora, o desembargador Alceu Navarro se disse incapaz de responder de imediato o pedido de suspensão do desconto de agosto, bem como às demais reivindicações da categoria. Os servidores reivindicam o abono dos dias de greve, a formação de uma comissão para negociar a compensação dos dias parados e que seja sustado o processamento da folha de pagamento do mês de agosto, para impedir o iminente desconto.

E a única resposta que a presidência deu foi de que na segunda (dia 10), “ele (Navarro) vai dar uma resposta sobre o desconto desse mês, que poderá ser efetivado posteriormente”, conforme disse o juiz auxiliar da presidência Marco Antonio.

A categoria reivindica que o tribunal reconheça a greve e trate as ausências dos servidores como participação no movimento paredista, não como falta injustificada, como vem ocorrendo desde a publicação da portaria 169/2010.

“Isso é um desrespeito ao direito de greve, (este tribunal) é o único que está fazendo isso”, afirmou Adilson Rodrigues diretor do Sintrajud ao desembargador Navarro.

O desembargador foi alertado que mantido o corte de ponto, pode não haver o compromisso dos servidores em repor o serviço represado durante a greve, “o que não é interesse de ninguém”, disse Adilson, que em seguida destacou que os servidores faziam uma vigília no saguão do prédio aguardando um retorno da audiência.

Logo após a reunião, com o saguão lotado, a categoria definiu fazer outra vigília, às 14h desta quinta-feira (06), e uma assembleia às 15h de segunda-feira (10).

Durante toda reunião, Navarro disse que não considerava ilegal o fato de apontar as ausências dos grevistas como falta injustificada, nem um “desrespeito ao direito de greve”. Sobre a negociação dos dias paralisados, o desembargador disse que precisaria consultar o Tribunal Superior Eleitoral (TSE), argumento também rebatido pelos sindicalistas: “Se o tribunal tem autonomia para cortar (o salário) através de uma portaria ilegal, tem a mesma autonomia para rever a decisão”, disse Adilson, ao defender a autonomia administrativa do tribunal.

Fonte: Sintrajud-SP

 

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