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Entidades e parlamentares traçam estratégia para barrar reforma da Previdência no Senado

Representantes dos trabalhadores – tanto da iniciativa privada quanto do serviço público – organizações de mulheres, juventude e camponeses, estiveram reunidos com parlamentares na Liderança do Partido dos Trabalhadores (PT) no Senado na tarde desta terça-feira, 20. O objetivo foi traçar um calendário de resistência e ações para barrar – ou reduzir danos em caso de avanço – da reforma da Previdência (PEC 6/2019) em tramitação na Casa. Pela Fenajufe estiveram presentes os coordenadores Fabiano dos Santos e Roniel Andrade, plantonistas da semana.

Na análise da conjuntura em que tramita a PEC no Senado, os participantes avaliam que a única forma de se oferecer resistência ao avanço da proposta é com a mobilização popular. E mais: tentar atrasar ao máximo a tramitação, para garantir que o debate aceca das monstruosidades que a proposta gesta, sejam ainda mais debatidas e conhecidas pela população.

E o governo sabe disso. Sabe que quanto mais tempo durar o debate, mais a população descobrirá as armadilhas que o texto traz para atender à voracidade do mercado financeiro. No caso da PEC 6/2019, atender especificamente ao mercado previdenciário, que já disponibiliza novas modalidade de “Fundos de Previdência” à disposição dos brasileiros, um mercado que estima 4 milhões de adesões em cinco anos, segundo dados da consultoria especializada Mercer.

Nesse cenário, a mobilização nos estados volta ao centro da discussão. A avaliação é que com muita pressão, continuamente, sejam conseguidos os 33 votas necessários para derrubar a reforma no Senado. Hoje a oposição estima ter 20 votos contrários à reforma.

Ainda que não seja possível derrotar a proposta- o governo vai liberar ainda mais recursos para a compra de votos - os senadores avaliam que, com a pressão sobre as bancadas, haja espaço para a redução de danos. Mas isso vai depender da mobilização da sociedade.

Um ato acontecerá em 3 de setembro (3/9), no auditório Teotônio Vilela, no Senado, com um dia inteiro de debates sobre a reforma da Previdência. A data coincide com a véspera da leitura do relatório de Tasso Jereissati (PSDB/CE), na CCJ. A Fenajufe orienta às entidades de base que enviem delegações e representações a Brasília para participar do ato e para atuar no Parlamento.

Outra orientação, segundo deliberaram as entidades, é que as mobilizações estejam concentradas e intensificadas nos estados, nas bases eleitorais dos Senadores. Como são 3 representando cada estado, o acompanhamento intenso aumentará a pressão sobre os congressistas. Orienta-se ainda que a mobilização aconteça durante a semana também sobre os aliados políticos dos senadores, incluindo-se aí prefeitos, vereadores, lideranças locais e comunitárias a eles ligados.

Somente mobilizada, a sociedade organizada conseguirá algum resultado. Do contrário, o cenário de tragédias para os trabalhadores – tanto do serviço público quanto da iniciativa privada – será agravado com a retirada não só de direitos, mas de prerrogativas e garantias de integridade física, psicológica e salubridade.

 

 

 

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