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Greve Nacional da Educação pressiona governo e dá o tom para a Greve Geral do 14 de junho

 

Com brados de ordem como "Ô Bolsonaro presta atenção, balbúrdia é cortar da Educação", "O tsunami chegou" e "Sou estudante, não abro mão de mais ciência e mais Educação", mais de 1 milhão de pessoas foram às ruas, em todo o país nesta quarta-feira (15) para protestar contra os cortes orçamentários, o desmantelamento do serviço público e a reforma da Previdência. A Greve Nacional da Educação ocorreu em todos os estados e no Distrito Federal.

Em Brasília, a concentração aconteceu no Museu da República, na Esplanada dos Ministérios. Pela Fenajufe, participaram a coordenadora Elcimara Souza e os coordenadores Cristiano Moreira, Fernando Freitas e Roberto Policarpo. Pela base, também, estavam presentes sindicatos como Sindjus (DF), Sintrajufe (RS) e Sintrajud (SP).

Os manifestantes protestaram contra os sucessivos ataques do governo ao funcionalismo público e aos trabalhadores em geral. Nas falas, as críticas mais contundentes foram a respeito do excesso de benesses dispensadas pelo governo às empresas e à elite financeira, às custas, cada vez mais, do empobrecimento e sofrimento do (a)s trabalhadores (a)s. Mulheres, negros e trabalhadores vulnerados têm sido vítimas constantes das medidas publicadas pelo Planalto.

A coordenadora Elcimara Souza destacou que o movimento estudantil parou universidades, institutos federais, escolas secundaristas e reforçou a construção para a Greve Geral do dia 14 de junho. "A educação está parada para dizer ao Bolsonaro 'que tire as mãos da educação', 'que não aceitaremos nenhum corte na educação'. É importante dizer, também, que isso é um esquenta para a Greve Geral. No dia 14 de junho, nós estaremos construindo uma forte greve para dizer ao Bolsonaro 'que tire mão das nossas aposentadorias'. E nós, da Fenajufe, fazemos o chamado aos trabalhadores do Brasil inteiro numa ampla movimentação para construir essa Greve Geral e derrotar de vez a reforma da Previdência e os ataques desse governo".

Já o coordenador Cristiano Moreira avaliou como positiva a demonstração de força dos estudantes e enalteceu a mobilização que levou centenas de estudantes e trabalhadores às ruas contra os cortes na educação e ataques à aposentadoria. “Indica o potencial que nós temos de construir uma grande greve no dia 14 de junho que passa a ser o nosso próximo objetivo”. Moreira lembrou que a Greve Geral, de abril de 2017, foi decisiva para a derrota da reforma da Previdência de Temer. “Desta vez, o 14 de junho é também um passo decisivo para impedir o fim da Previdência Pública com a reforma de Bolsonaro”.

Para o coordenador Fernando Freitas, o ato foi uma preparação para a Greve Geral. “A educação e o judiciário são alvos frequentes de ataques do governo e não podemos aceitar. Portanto, estamos contribuindo para a Greve Nacional da Educação, hoje, e preparando a Greve Geral do dia 14 de junho”.

O coordenador Roberto Policarpo parabenizou os estudantes de todo o Brasil que saíram às ruas contra os cortes na educação. “É preciso que a gente se some a essa luta, por um país melhor”. Policarpo ressaltou que manifestação desta quarta foi apenas uma demonstração do que a greve do dia 14 de junho pode representar. “Vamos derrubar essa nefasta reforma da Previdência. Viva a classe trabalhadora, viva os estudantes, viva os educadores!”.

Greve Geral - 14J
A Fenajufe reforça a necessidade de organização na resistência para ampliar o trabalho nas bases eleitorais dos deputados, abordando aliados políticos nas prefeituras, associações de moradores e municípios. A Federação reitera a orientação para que os sindicatos participem da coordenação e construção da greve geral no dia 14 de junho para pressionar o governo Bolsonaro contra o desmantelamento da Previdência.

A cobertura do 15M nos estados será publicada nesta quinta-feira, 16.

 

Fotos: Joana Darc Melo, da Fenajufe 

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