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Fenajufe acompanhou XI Encontro Nacional do Poder Judiciário

Redação Fenajufe

 

 

 

Se depender de parte da cúpula do Poder Judiciário, presente ao XI Encontro Nacional do Poder Judiciário, que terminou na terça-feira, 21, em Brasília, o servidor do Poder Judiciário da União continuará invisível no processo de planejamento da justiça brasileira. Tanto em seu discurso de abertura quanto no de encerramento, a presidente do Supremo Tribunal Federal (STF) e do Conselho Nacional de Justiça (CNJ), ministra Cármen Lúcia, sequer fez menção aos servidores, principalmente quando o momento foi o de agradecimento pelos resultados obtidos frente as metas nacionais para o Judiciário em 2017. No transcurso dos trabalhos, também não houve inserção desse importante fator humano responsável pela distribuição da justiça no país: o servidor.

Para a ministra, no balanço de produtividade, apenas magistrados – palavra citada mais de 30 vezes na abertura – são os únicos realizadores da entrega da justiça à sociedade. No encerramento, agradeceu unicamente aos 18.000 juízes brasileiros e às associações de magistrados.

Nas duas jornadas de trabalho, Vicente Sousa, coordenador executivo da Fenajufe, Luiz Fernando Pereira Souza, presidente da Federação Nacional dos Trabalhadores do Judiciário nos Estados (Fenajud) e Marcos Antônio Lemos Fabre, Secretário-geral desta entidade, atenderam pronta e atenciosamente ao convite feito pela presidência do CNJ, para representarem todos servidores do Poder Judiciário brasileiro, aproximadamente 200.000 servidores, sendo 130.000 na União, 165.000 nos Estados.

A Fenajufe e a Fenajud acompanharam os dois dias de trabalho do encontro, que teve pelo menos um momento de mea culpa, quando o Corregedor Nacional de Justiça, ministro João Otávio de Noronha, “puxou a orelha” dos juízes que não comparecem aos locais de trabalho. Ríspido, Noronha, por quase meia hora, foi taxativo ao dizer que não vê respaldo para um juiz julgar ações de improbidade, quando ele mesmo – o juiz – se faz ausente em sua Comarca. Para ele, “quem não quer ser juiz, que abandone (o cargo)”.

Na avaliação do dirigente da Fenajufe, "o servidor está invisível ao Poder Judiciário.“ Em um evento de tamanha envergadura, "aqueles que carregam o piano sequer figuraram na cena principal de aperfeiçoamento do poder judiciário, por meio do planejamento estratégico, governança, gestão judiciária voltadas para a produtividade dos 91 tribunais brasileiros, dando a entender que o poder judiciário é feito somente de juízes", aponta.

A exceção foi o Presidente do Tribunal Regional de Sergipe (TRE-SE), desembargador Ricardo Múcio Santana de Abreu Lima, que ao receber o Selo Diamante do Justiça em Números, agradeceu aos servidores da referida Corte de justiça. A Presidente do Superior Tribunal de Justiça (STJ), ministra Laurita Vaz, também fez menção aos servidores do poder judiciário.

Para 2018, as metas nacionais podem ser resumidas no diagrama a seguir:

A lista completa das Metas Nacionais para 2018 pode ser acessada AQUI.