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Relator da PEC 55 apresenta relatório pela aprovação do mérito

Luciano Beregeno

O senador Eunício Oliveira (PMDB/CE) apresentou na terça-feira (1/11) durante sessão da Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania (CCJ) do Senado,  relatório pela aprovação da PEC 55/16 (PEC 241 na Câmara dos Deputados), que institui o novo regime fiscal e é mais conhecida como PEC da Impunidade, PEC da Morte e PEC do Desmonte do Serviço Público.

Em seu relatório, Eunício Oliveira rebate argumentos da oposição e dos críticos da PEC 55, mas não apresenta dados técnicos que sustentem estes argumentos. Limitando-se ao campo das abstrações, o senador afirma que Por fim, em relação aos direitos sociais, o Novo Regime Fiscal “vai muito além de preservar os direitos à educação e saúde. Também permitirá a retomada do crescimento, e, com isso, preservar os atuais postos de trabalho e reinserir os cerca de 12 milhões de desempregados no mercado”.  O senador  ainda filosofa ao tratar o emprego como “talvez, o mais importante dos direitos sociais”.

Na tentativa de promover maior discussão junto à população sobre as medidas adotadas pela proposta e seus efeitos nos diversos segmentos de impacto direto no cidadão, a CCJ propôs emenda para que a PEC somente entrasse em vigor após resultado de Referendo, promulgado pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE).

Ao rejeitar a emenda, Eunício Oliveira evoca a posição da Câmara dos Deputados que aprovou a medida em segundo turno com 359 votos, como expressão da maioria da população: “... a aprovação da matéria na Câmara dos Deputados, a “Casa do Povo”, significa que a maior parte da população brasileira já é favorável à matéria. Assim, o Senado Federal não deve adiar o início da produção dos efeitos do Novo Regime Fiscal”. Ironicamente o senador cearense ignora consulta pública em andamento no Portal e-Cidadania do Senado, sobre a PEC 55 (consulte AQUI), que até o fechamento desta matéria já registrava 298.502 votos contrário à emenda, contra pouco mais de 18 mil votos favoráveis.

Com o pedido de vista coletivo, o relatório de Eunício Oliveira deverá ser votado pela CCJ na terça-feira (8/11) e encaminhado ao plenário do Senado para votação em primeiro turno, já na quarta-feira  (9/11).

Tendo a frente um cenário de rápida deterioração do quadro social e o avanço da PEC 55 no Senado, a Fenajufe orienta aos sindicatos da base a observação do seguinte calendário unificado de luta dos servidores públicos federais:

  • 08 de novembro:  Reunião ampliada do Fórum com a participação de entidades dos servidores públicos federais, estaduais e municipais, às 9h, na sede do ANDES-SN:.
  • 08 de novembro : Audiência da CTASP(Auditório Nereu Ramos), às 14h,  com o tema : A situação dos servidores públicos na atual conjuntura de crise e a pauta prioritária do funcionalismo público.
  • 09 de novembro : Indicar participação na mobilização na Praça dos três poderes diante da inclusão na pauta do Recurso Extraordinário 958252 sobre terceirização na área-fim da empresas, com possibilidade de revogação da Súmula 331 que definiu a  terceirização apenas na área-meio.
  • 11 de novembro : Dia nacional de lutas, mobilizações e paralisações.
  • 20 a 30 novembro(Semana da Consciência Negra, Marchas da Periferia)
  • 25 de novembro  Dia Nacional de lutas, mobilizações, protestos , paralisações e greves.
  • 28 e 29 de novembro : Indicar, com possibilidade de flexibilidade da data, mobilização permanente nos dias da provável votação em primeiro turno da PEC 55(antiga PEC 241) no Senado, com atividades nas ruas, aeroportos e no Senado Federal.

 

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