Luciano Beregeno
Fotos: Divulgação
A democratização do Poder Judiciário e a aproximação entre a Federação Nacional dos Trabalhadores no Poder Judiciário Federal e Ministério Público da União (Fenajufe) e a Plataforma dos Movimentos Sociais pela Reforma do Sistema Político predominaram na pauta do encontro mantido pela coordenadora Mara Weber, com José Antônio Moroni, do Inesc – Instituto de Estudos Socioeconômicos – e Luciana Pivato, da JusDh Articulação Justiça e Direitos Humanos. A reunião aconteceu em Brasília, nesta quinta-feira, 25, pela manhã.
O principal objetivo do encontro foi estabelecer o diálogo da Fenajufe com a Plataforma e assim, informar ao movimento sobre as transformações em curso no Judiciário Federal, manifestadas através da reestruturação produtiva, do modelo produtivista de gestão e o impacto dessas transformações na vida dos cidadãos brasileiros, bem como seus desdobramentos para os movimentos sociais e os direitos civis.
No encontro ainda foi comunicado à Plataforma a realização do 9º Congrejufe, o Congresso Nacional da categoria que acontece de 27 de abril a 1º de maio, em Florianópolis. A Plataforma foi convidada a estar presente e participar do debate sobre a Democratização do Judiciário.
Para a coordenadora da Fenajufe, Mara Weber, a discussão é urgente e necessária.”Entendo que a Fenajufe precisa sair do isolamento que se encontra e abrir espaço e participação em movimentos sociais engajados na discussão da democratização do Poder Judiciário e do Sistema de Justiça brasileiro. O modelo de gestão que afeta a qualidade de vida no trabalho no nosso dia-a-dia tem a ver com um modelo de Judiciário pensado para agradar o mercado e não para construir cidadania e garantir direitos. Precisamos nos engajar na discussão e elaboração do Judiciário e Justiça que queremos para o Brasil. É um papel que nos cabe como servidores do Poder Judiciário e como cidadãos brasileiros.”
A Plataforma
O movimento deu início à sua organização em 2004, em São Paulo. O processo de discussão com os diversos movimentos e organizações que compõe a plataforma gerou a “Plataforma dos Movimentos Sociais pela reforma do Sistema Político” estruturada em cinco grandes eixos.
– Fortalecimento da democracia direta
– Fortalecimento da democracia participativa/deliberativa
– Aperfeiçoamento da democracia representativa
– Democratização da informação e da comunicação
– Democratização e transparência do Poder Judiciário.