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Mais de 2 mil servidores do Judiciário e do MPU, em greve no DF, promovem atos no TSE e no TST

A greve do Judiciário e do Ministério Público da União completa nesta quarta-feira (15) duas semanas e as adesões vão crescendo a cada dia. E nesta terça-feira (14) o dia foi bastante movimentado com atos públicos na porta do TSE e do TST, que reuniram mais de 2 mil pessoas, entre servidores dos vários órgãos do Judiciário e do MPU de Brasília e demais cidades do DF. A manifestação teve início no TSE por volta das 15h, com os grevistas do próprio órgão. No entanto, ao longo da tarde o movimento foi tomando corpo, com a chegada dos colegas dos outros tribunais, órgãos do MPDFT, MPM, MPF e MPT, das varas, fóruns e cartórios, levados pelas caravanas organizadas pelo Sindjus-DF.

Inicialmente impedidos de entrar nos portões do Tribunal Eleitoral – cujo acesso estava restrito apenas aos servidores do órgão -, a partir de uma negociação do comando de greve local com a Diretoria Geral do TSE, os manifestantes conseguiram a autorização para entrar e fazer o ato nas imediações dos blocos que formam a sede da Justiça Eleitoral.

Ainda na porta do TSE, o coordenador da Fenajufe Jean Loiola frisou o crescimento do movimento, que no Distrito Federal vem crescendo desde a semana passada, com a adesão de novos locais de trabalho. “Defender o nosso salário não se trata apenas de uma questão corporativa, mas também da defesa de melhores condições de trabalho e da prestação do serviço à população. Esperamos que essa greve alcance a vitória que as últimas não conseguiram alcançar”, afirmou Jean.

Já durante o ato dentro do TSE, enquanto os servidores se organizavam para dar um “abraço” simbólico ao prédio, Denise Viana, servidora do Tribunal desde 1985, disse à Fenajufe que a boa adesão na Justiça Eleitoral do DF se dá pela construção do movimento desde o início da greve, em 1º de agosto. “Estamos construindo a greve internamente de forma unificada, reunindo todos os setores do órgão. Pretendemos permanecer na greve até o final, para lutar pelos nossos direitos, não só como servidores que somos, mas também como cidadãos. A categoria está sendo muita injustiçada pelo governo federal”, disse a servidora, que afirmou ter feito várias greves da categoria.

Na avaliação da coordenadora da Fenajufe e do Sindjus-DF Fátima Arantes, a greve no Distrito Federal tem aumentado a cada dia, com os piquetes nos locais de trabalho tendo boa participação dos servidores dos respectivos órgãos. Segundo ela, o Sindjus-DF vem promovendo, diariamente, arrastões para convencer os servidores que ainda não aderiram ao movimento. “Temos aumentado os arrastões e a expectativa é que a greve cresça nos próximos dias. Estamos falando nos piquetes e visitas aos locais de trabalho sobre a responsabilidade que cada um tem neste movimento, para garantir o nosso PCS. E isso tem funcionado”, explica Fátima.

Encerrando o ato no TSE, os manifestantes deram o “abraço” simbólico, cantando o Hino Nacional e em seguida entoando a palavra de ordem chave da greve: “PCS Já!”.

Ato no TST

As atividades da greve desta terça-feira (14) dos servidores do DF foram encerradas com um ato no TST. Após a manifestação no TSE, os grevistas atravessaram a rua e foram em direção à sede da Justiça do Trabalho, onde eles chamaram os colegas que trabalhavam nos dois blocos para descerem para a greve. “De camarote não, a luta é aqui no chão”, disseram os servidores.

No TST, o coordenador da Fenajufe e do Sindjus-DF, Cledo Vieira, criticou a falta de negociação do governo com os servidores do Judiciário e MPU. “Da nossa parte há disposição em negociar, mas até agora não há qualquer sinalização da parte do governo, tem que tripudiado em cima dos servidores. A nossa categoria precisa ser reconhecida. Não aceitaremos esse massacre do Executivo, como nunca aceitamos antes. Por isso, a greve irá até o fim para conquistarmos o nosso PCS”, disse Cledo.

O calendário da greve no DF segue nesta quarta-feira (15), com uma assembleia na porta do STF, a partir das 16h. Em seguida, será realizada uma vigília, também em frente ao Supremo.

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Da Fenajufe – Leonor Costa

 

 

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