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União da classe trabalhadora e alertas aos servidores públicos marcam a abertura da XXII Plenária Nacional da Fenajufe

XXII Plenária Nacional

Na quinta-feira, 3, a abertura da XXII Plenária Nacional da Fenajufe em Salvador, na Bahia, o principal destaque ficou com os apelos pela unidade da categoria e da classe trabalhadora para resistir aos ataques do mercado e à retirada de direitos. A mesa inicial foi composta pelos coordenadores Adilson Rodrigues, Rodrigo Peixoto, Mara Weber, Marcelo Ortiz, Costa Neto e Marcos Santos.

O Sindjufe (BA), sindicato anfitrião, foi representado pela coordenadora geral, Denise Carneiro, ao lado dos convidados representantes da Coordenadora do Cone Sul, Pedro Quilpatay (FJA, da sigla em espanhol Federación Judicial Argentina) e Pablo Elizalde (AFJU, do espanhol Associación de Funcionários Judiciales del Uruguay). A Fenajud – Federação dos Trabalhadores do Judiciário nos estados – foi representada por Antonio Jair Santos, do Sintaj (BA). Pelas centrais presença de Aparecido Donizete pela CUT e Hamilton Assis pela CSP-Conlutas.

Em seu pronunciamento, o coordenador Adilson Rodrigues traçou um histórico da luta que os servidores do Judiciário Federal e MPU travam contra os diversos governos ao longo dos anos, relembrando a todos a “mãe de todas as greves” acontecida em 2015. Naquele movimento paredista os servidores somaram forças e foram às ruas pela preservação de direitos fundamentais como salário digno e valorização do trabalhador.

O coordenador da Fenajufe, Rodrigo Peixoto ao saudar os plenaristas, agradeceu a presença da delegação do Rio de Janeiro. Vale lembrar que a presença dos delegados e observadores da delegação carioca foi precedida de intensos debates e questionamentos estatutários. O dirigente também pediu para que possa ser evitado qualquer tipo de manifestação negativa e ataques entre delegações e grupos no transcorrer da Plenária.

Em seguida a coordenadora Mara Weber, iniciou sua participação saudando a primeiramente a todos, em seguida a parceria entre a Fenajufe e a Fenajud. Outro ponto importante abordado pela dirigente é o cenário devastador que passa o serviço público e a necessidade da luta contra a EC- 95 e o cenário assombroso que ameaça os servidores públicos. Mara Weber também alertou quanto ao risco de se fazer lutas isoladas, convidando os delegados e as delegadas a uma reflexão sobre a importância da luta unificada e a necessidade de reaproximar a Federação das Centrais Sindicais.

Dando sequência a abertura da XXII Plenária, o coordenador da Fenajufe, Marcelo Ortiz, desejou boas-vindas a todos, reforçando votos para a realização de uma excelente Plenária.

Para o coordenador Costa Neto a luta dos servidores deve ser em torno de pontos prioritários para a categoria que deveriam ser vistos com mais efetividade, deixando de lado as divergências ideológicas. Costa Neto destacou que a unidade para a luta é o caminho para superar a má fase que passa a categoria e a sociedade brasileira.

Finalizando as participações dos coordenadores da Fenajufe, o coordenador Marcos Santos comentou a importância das eleições no mês de outubro para o trabalhador do judiciário. Para ele, todos os servidores e cidadãos precisam ir às ruas e também saber votar com inteligência para acabar com os corruptos que se encontram na região do Congresso Nacional.

Pela entidade anfitriã, o Sindjufe/ BA, falou a coordenadora Denise Carneiro. A dirigente explanou acerca do momento delicado que os trabalhadores do PJU estão vivenciando e afirmou a importância da realização da Plenária Nacional da Fenajufe como forma de reforço da unidade, luta contra os ataques e construção de uma nova Greve Geral.

Na abertura da Plenária também foi exibido um vídeo de boas vindas do Sindjufe (BA) aos plenaristas, que pode ser assistido a seguir:

America Latina

Se o cenário brasileiro se apresenta adverso para os servidores e serviços públicos, na America Latina o quadro não diferencia muito. Para os representantes da Coordenadora do Cone Sul, Pedro Quilpatay  e Pablo Elizalde, a retirada de direitos e uma característica dos governos ultraliberais atuando em defesa dos mercados. Na Argentina com Mauricio Macri o retrocesso social já é evidente e os ataques contra os trabalhadores públicos são apenas parte de uma realidade perversa. Já no Uruguay, segundo relatou o representante da AFJU, os trabalhadores, com muita mobilização e manifestação nas ruas, conseguiram por fim a seis anos de disputa salarial, mesmo com os ataques do governo contra a classe trabalhadora.

No final do primeiro dia da XXII Plenária Nacional da Fenajud, o representante da Fenajud, Antônio Jair (Sintaj/BA), agradeceu o convite e alertou quanto ao aprofundamento da crise ainda pior para 2019 com os efeitos da EC 95 e o PL 4330 que vem para prejudicar o servidor público.

O representante da CUT, Aparecido Donizete alertou que a classe trabalhadora passa por um momento de risco. Para ele é preciso construir uma bancada dos trabalhadores no Congresso Nacional com as eleições para não possa ser consolidado o Golpe diante dos trabalhadores brasileiros.

Destaque no mesmo sentido fez o representante da CSP-Conlutas, Hamilton Assis, mas alertando, principalmente, para o resultado das lutas isoladas. Apesar de vitorias pontuais, segundo o convidado, o quadro final levou a uma derrocada de direitos, colocando o pais em situação de atraso em todos os níveis.

A cerimônia de abertura deixa clara a mensagem. Os apelos pela unidade sendo o mote unânime na abertura da Plenária Nacional da Fenajufe se apresentam como o momento de reflexão sobre os caminhos que os servidores do PJU e MPU escolherão trilhar, frente ao desmonte do estado e da cidadania.